Custo de Oportunidade: As perspectivas por trás de uma decisão

Se você é empreendedor ou já pensa em dar os primeiros passos nesse sentido certamente já deve ter ouvido falar sobre Custo de Oportunidade.

Embora seja um termo popular, muitas pessoas tem dúvida sobre o seu significado, o que prejudica a forma como avaliam e tomam decisões.

O intuito deste artigo é esclarecer o conceito para que o processo decisório ocorra de maneira natural e traga melhores resultados.

Antes de abordarmos especificamente o Custo de Oportunidade, vamos entender o que é “custo” e o que é “oportunidade”.

Simplificadamente, oportunidade significa um momento ou uma situação favorável para algo que se deseja.

Aproveitar uma oportunidade nada mais é que fazer a coisa certa no momento certo e com os recursos certos.

Todas as nossas ações, como comprar, viajar, escrever, falar e construir exigem recursos para que se concretizem.

Esses recursos podem ser dinheiro, tempo, estudo, disposição, energia, etc. Funciona como uma troca.

Por exemplo, para escrever este artigo estou utilizando meu tempo, ou seja, estou trocando-o por este conteúdo.

Perceba que tanto o meu tempo quanto me comunicar com você possuem valor para mim.

Este mesmo tempo poderia ter sido utilizado para qualquer outra coisa, mas dentro da minha percepção e escala de valores, trocar experiências e conhecimento é uma excelente opção.

Então, podemos entender custo como um recurso, algo de valor emocional e / ou monetário que se abre mão para adquirir ou realizar algo.

Custo de Oportunidade

Custo de Oportunidade é uma expressão usada no ramo da economia e da administração, mas que também pode se estender a todas as áreas da nossa vida.

Ele serve para demonstrar que tudo possui um custo. Sim, absolutamente tudo!

Nós, seres humanos possuímos recursos limitados para lidar com o cotidiano.

Tempo, dinheiro, energia, atenção, dentre outros fatores são escassos e condicionados à nossa própria capacidade de priorização.

Precisamos adequar nossas tarefas e desejos às 24h do dia, ao capital que disponibilizamos e à capacidade que temos de realizar, assumindo assim inúmeras escolhas.

Infelizmente, não é possível nos envolvermos em todos os projetos que temos desejo, nem de investir em todas as ideias que nos parecem interessantes.

Seria incrível se pudéssemos permanecer ao lado de todas as pessoas que gostamos e de estar em todos os lugares que necessitam da nossa presença.

Toda escolha implica em deixar para trás os resultados que as outras alternativas poderiam nos trazer.

Porém, mesmo com tamanha importância poucas pessoas analisam suas decisões sobre as perspectivas necessárias.

Reflita:

O que será mais rentável no momento, estudar ou trabalhar?

O que trará melhores resultados em menos tempo? Adquirir um curso ou tentar aprender por conta própria?

A longo, médio e curto prazo, montar um negócio ou poupar dinheiro está mais alinhado ao meu projeto de vida?

Até que ponto é interessante oferecer um “desconto especial” a um cliente se isso consumirá tempo, podendo comprometer a execução de outro trabalho que remunere melhor?

Perceba que optar por um direcionamento significa assumir compromissos e em contra partida, abrir mão de outros.

Dizer “sim”, assim como dizer “não” tem um custo, cabendo a nós analisar qual se integra melhor à nossa realidade e necessidade.

O custo de oportunidade nos permite entender vários fatores que estão ligados ao processo de decisão.

A resposta para escolhas assertivas está no autoconhecimento obtido por questionamentos, levando sempre em consideração valores e prioridades pessoais, como:

  • Onde quero chegar?
  • O que pretendo realizar?
  • Qual ação está mais alinhada aos meus valores?
  • Qual caminho me deixa mais próximo de quem quero me tornar?

Tão importante quanto dizer sim às oportunidades, saber a hora certa de recusá-las é de extrema importância para a realização pessoal e profissional.

Tentar abraçar o mundo pode ser o caminho mais curto para o fracasso.

Na maioria das vezes, essa postura representa um dos principais inimigos do empreendedorismo, a falta de foco.

Custo de Oportunidade: Exemplo Econômico

Imagine uma fábrica de móveis que produz 20 cadeiras por mês num mercado que absorve totalmente esta produção.

Diante de uma oportunidade de negócios, essa fábrica resolveu iniciar a produção de um novo produto: mesas.

Porém, ao alocar recursos para tal, descobriu que terá de deixar de produzir 2 cadeiras para alimentar a demanda de 2 mesas.

O custo de oportunidade está no valor perdido da venda das 2 cadeiras que deixaram de ser fabricadas.

O que vale mais a pena para a empresa?

Custo de Oportunidade: Capacitação

Um exemplo clássico de Custo de Oportunidade é o de frequentar um curso de capacitação.

Neste caso, por que alguém abre mão de dinheiro e / ou tempo para buscar mais conhecimento, sendo que estes recursos poderiam ser usados para outra finalidade, como por exemplo, adquirir um carro ou fazer uma viagem?

Supondo que quem opta pela capacitação tem como objetivo aumentar o seu salário, é claro para ela que essa é a opção que a deixa mais próxima do que pretende, enquanto as outras possibilidades do exemplo, poderiam afastá-la ou aumentar o caminho entre onde ela está e onde pretende chegar.

As possibilidades foram avaliadas e a decisão tomada foi a mais coerente ao objetivo.

A Parábola do Velho Lenhador

Certa vez, um velho lenhador, conhecido por sempre vencer os torneios que participava, foi desafiado por um outro lenhador jovem e forte para uma disputa.

A competição chamou a atenção de todos os moradores da localidade.

Muitos acreditavam que finalmente o velho perderia a condição de campeão dos lenhadores, em função da grande vantagem física do jovem desafiante.

No dia marcado, os dois competidores começaram a disputa, na qual o jovem se entregou com grande energia e convicto de que seria o novo campeão.

De tempos em tempos olhava para o velho e, às vezes, percebia que ele estava sentado.

Pensou que o adversário estava velho demais para a disputa, e continuou cortando lenha com todo vigor.

Ao final do prazo estipulado para a competição, foram medir a produtividade dos dois lenhadores e pasmem!

O velho vencera novamente, por larga margem, aquele jovem e forte lenhador.

Intrigado, o moço questionou o velho:

– Não entendo, muitas das vezes quando eu olhei para o senhor, durante a competição, notei que estava sentando, descansando, e, no entanto, conseguiu cortar muito mais lenha do que eu, como pode?

– Engano seu! Disse o velho. Quando você me via sentado, na verdade, eu estava amolando meu machado.

Nesta parábola que tem várias interpretações, o velho e sábio lenhador tinha conhecimento da sua capacidade física, que o colocava em nível de desigualdade em relação ao desafiante.

No entanto, para neutralizar essa desvantagem, ele optou por realizar pausas frequentes para amolar o seu machado, e assim, necessitar de menos força e tempo para cortar as árvores.

Desde o início ele teve a oportunidade de trabalhar como o jovem lenhador, mas optou inteligentemente por uma estratégia, que consequentemente o levou mais rapidamente ao seu objetivo.

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