Desde novembro do ano passado, a situação das empresas de tecnologia tem piorado, e o cenário intensificou-se em 2023. Em janeiro, apenas a Amazon, a Alphabet (controladora do Google) e a Microsoft, juntas, demitiram 40 mil pessoas.
Recentemente, a Dell, uma grande empresa de computadores, anunciou que irá demitir 6.650 funcionários, o que equivale a 5% de sua força de trabalho mundial. É mais uma empresa de tecnologia que anuncia demissões em um momento de queda de vendas.
O Fenômeno Global de Demissões em Massa
As demissões em massa não são um fenômeno exclusivo do Brasil, mas sim, global. De acordo com uma análise realizada pelo Futurism, o número de colaboradores demitidos ou prestes a serem demitidos é de cerca de 45 mil. Outros especialistas apontam que o número pode chegar a mais de 50 mil.
10 maiores layoffs
Dados econômicos apontam para um reposicionamento da economia mundial, que já está afetando várias empresas de tecnologia e resultando em demissões. Os 10 maiores layoffs até o momento da publicação deste post são:
- Amazon: 18.000
- Alphabet/Google: 12.000
- Meta: 11.000
- Microsoft: 10.000
- Spotify: 9.800
- Salesforce: 9.000
- Dell: 6.650
- Cisco: 4.100
- IBM: 3.900
- Twitter: 3.700
- SAP (software de gestão): 2.800
- PayPal: 2.000
- Coinbase (criptomoedas): 2.050
- Wayfare (varejo): 1.750
- Carvana (carros): 1.500
- DoorDash (delivery): 1.250
- Stripe (pagamento): 1.000
O impacto das demissões em Massa na economia e no mercado de trabalho
As demissões em massa têm impacto significativo na economia e no mercado de trabalho. Além dos problemas pessoais para os funcionários demitidos, a retirada de grande número de profissionais da economia afeta a oferta e a demanda de trabalho, bem como a confiança de consumidores e investidores nos países afetados.
A fuga de investimentos é uma preocupação adicional, já que a redução de capital tende a levar a um espiral de queda na economia.
As demissões se restringem a empresas de tecnologia?
As demissões em massa não se restringem apenas às empresas de tecnologia. A Disney, por exemplo, recentemente anunciou que irá demitir 7 mil funcionários.
A indústria de alimentos nos EUA também tem sofrido com grandes demissões, com mais de 80.000 vagas de emprego perdidas em empresas como Walmart, Pepsico, Misfits/Imperfect Foods, Motif Foodworks, Go Puff, DoorDash, General Mills, Coca-Cola, Beyond Meat e Impossible Foods.
Parece que as demissões estão se espalhando e atingindo diferentes setores da economia, não estando mais restritas apenas às gigantes da tecnologia, que iniciaram esse processo.
O que tem motivado as demissões?
As demissões em massa estão sendo motivadas por vários fatores, incluindo a instabilidade político-econômica na Europa, as previsões cada vez menos otimistas para as maiores economias do planeta, a alta na taxa de juros, a inflação galopante em diversos países e a retomada de comportamentos menos virtuais.
Diante deste cenário, algumas empresas têm optado por demitir funcionários como medida para evitar sua falência, reduzir custos e adequar-se ao novo cenário econômico mundial.
No entanto, é importante destacar que nem todas as razões para as demissões são mencionadas pelas companhias.
Inteligência Artificial e novas tecnologias estão contribuindo para as demissões?
O uso de novas tecnologias como a inteligência artificial, segundo alguns especialistas, pode também estar contribuindo para as demissões.
A automação e a incorporação de tecnologias de inteligência artificial em muitos setores estão mudando a natureza dos trabalhos, e algumas tarefas que antes eram realizadas por humanos estão sendo substituídas por máquinas. Isso pode resultar em demissões, especialmente em setores como manufatura, processamento de dados e em áreas com predominância de atividades repetitivas.
Demissões em massa no Brasil
As demissões em massa no Brasil também são uma realidade e têm sido alvo de discussão nas redes sociais.
Em terras tupiniquins, empresas como Lojas Americanas, Riachuelo, Eletrobras, C6 Bank (500), NuBank (40), Me Poupe (72), PagSeguro (900), dentre outras, já aderiram ao processo de demissão.
De acordo com uma lista compartilhada na internet, a cidade brasileira de São Paulo é a que mais sofreu com perda de postos de trabalho.