O futuro segundo Yuval Noah Harari trará uma nova classe social, a dos inúteis

Yuval Noah Harari, renomado historiador e autor de best-sellers como “Sapiens: Uma Breve História da Humanidade” e “Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã”, fez uma previsão polêmica para o ano de 2050: o surgimento de uma nova classe de pessoas, a dos inúteis. Mas o que leva o autor a chegar a essa conclusão?

Harari baseia sua previsão na rápida evolução da inteligência artificial e nas mudanças socioeconômicas que estão ocorrendo no mundo atual. Segundo ele, a automação e a inteligência artificial devem substituir grande parte da força de trabalho humana, criando uma classe de pessoas que não têm habilidades úteis para a sociedade.

Essa previsão vem de sua visão sobre a trajetória da humanidade e da tecnologia, já apresentada em suas obras anteriores. Em “Sapiens”, Harari traça a história da humanidade desde a era dos caçadores-coletores até o presente, mostrando como a evolução das tecnologias moldou a sociedade humana. Já em “Homo Deus”, o autor faz projeções sobre o futuro da humanidade, levando em consideração a crescente integração entre humanos e tecnologia.

Nesse contexto, a previsão de uma classe de inúteis até 2050 é um desdobramento de suas análises anteriores. Harari argumenta que a inteligência artificial e a automação devem se tornar cada vez mais sofisticadas e eficientes, tornando obsoletas muitas das habilidades que hoje são valorizadas no mercado de trabalho.

O historiador também destaca que essa mudança tecnológica deve acentuar a desigualdade social, uma vez que os empregos que exigem habilidades humanas específicas devem se tornar mais escassos. Com isso, muitas pessoas podem acabar sendo empurradas para trabalhos mal remunerados, ou até mesmo, para o desemprego.

É importante notar, entretanto, que Harari não vê essa situação como inevitável, mas sim como um alerta para que a sociedade possa se preparar e buscar soluções para enfrentar os desafios trazidos pela evolução tecnológica. Ele destaca a importância de investir na educação e no desenvolvimento de habilidades que sejam complementares à inteligência artificial, em vez de competir diretamente com ela.

Algumas das habilidades que Harari sugere que podem ser valorizadas no futuro incluem a criatividade, a empatia e a capacidade de se adaptar a mudanças constantes. Dessa forma, a sociedade poderia se preparar melhor para a nova realidade trazida pela evolução tecnológica.

Além disso, o historiador defende a necessidade de políticas públicas que garantam uma distribuição mais justa dos benefícios trazidos pelo avanço tecnológico. Entre as possíveis soluções, Harari cita a implementação de uma renda básica universal, que garantiria um mínimo de segurança financeira para todos, independentemente de sua posição no mercado de trabalho.

É claro que as previsões de Harari são apenas especulações baseadas em suas análises e interpretações da evolução histórica e do desenvolvimento tecnológico. No entanto, elas levantam questões importantes sobre o papel do ser humano em um mundo cada vez mais dominado por máquinas e inteligência artificial.

A previsão de uma nova classe de inúteis até 2050 serve como um alerta para que possamos nos preparar melhor para o futuro, buscando desenvolver habilidades complementares à tecnologia e repensando nossas políticas sociais e econômicas. Afinal, a evolução tecnológica não precisa ser uma ameaça, desde que estejamos dispostos a nos adaptar e buscar soluções para os desafios que ela nos impõe.

Dessa forma, o debate proposto por Harari é fundamental para que possamos pensar em como criar um futuro mais inclusivo e sustentável, em que a tecnologia seja uma aliada do desenvolvimento humano, e não um fator de exclusão e desigualdade.

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