É preciso correr riscos para empreender? O que é mito e verdade sobre o assunto?

Correr riscos calculados é realmente necessário para empreender?

Como avaliar e interpretar se ele vale a pena ou não?

Embora a maior parte da sociedade tenha a concepção de que empreendedores são pessoas aventureiras que correm riscos deliberadamente sem hesitação, esse perfil está mais ligado ao imaginário coletivo do que à realidade e não retrata fielmente a maioria das pessoas que obtêm êxito em seus negócios.

O risco está diretamente ligado ao grau de incerteza que envolve um projeto.

Quanto maior o risco, menor são as possibilidades de sucesso.

Portanto, o momento de decisão onde existem ameaças presentes deve ser rodeado de cuidados e a escolha deve ser realizada de forma sistêmica, obedecendo a critérios e análises que possam reduzir o seu impacto caso algo não ocorra dentro do planejado, ou até mesmo, forneçam caminhos alternativos, menos turbulentos para o objetivo pretendido.

Em proporções maiores ou menores, todo negócio envolve correr riscos e não se pode evitá-los por completo.

A habilidade de gerenciá-los corretamente é extremamente importante para quem já tem ou pretende ter uma empresa e fará muita diferença na busca pelo sucesso, afinal, no mundo dos negócios navegar em um mar de estabilidade constante é uma realidade inalcançável.

Lembra-se do nosso artigo sobre as “10 Características comprovadas cientificamente que levam empreendedores ao sucesso?” Correr riscos calculados é uma delas.

Caso não tenha lido, recomendo que de uma espiada antes de prosseguir para melhorar o seu entendimento sobre o assunto.

[Artigo 1] 10 Características comprovadas cientificamente que levam empreendedores ao sucesso

[Artigo 2] Busca de Oportunidade e Iniciativa. Como desenvolver esses comportamento?

[Artigo 3] Persistência, uma das principais características de comportamento empreendedor

Correr Riscos Calculados

Antes de mais nada, sim, é preciso correr riscos para empreender, porém, eles devem ser riscos calculados!

Deixando de lado o romantismo que circula o assunto, o empreendedor deve tentar ao máximo minimizá-los, afinal, quanto menor o risco maiores serão as chances de sucesso.

Para isso é preciso manter o foco em todas as variáveis que envolvem um projeto, como por exemplo:
• Comportamento dos clientes;
• Comportamentos dos concorrentes;
• Estratégias do segmento;
• Fatores econômicos;
• Fatores sociais.

Munindo-se de tais informações é possível avaliar profundamente as decisões a serem tomadas e suas consequências a curto, médio e longo prazo.

O conhecimento amplo do cenário em que se deseja trabalhar e todo o seu ecossistema permitirá o desenvolvimento de um plano de ação que norteará o processo de distinguir o risco da imprudência.

Correr riscos calculados significa tentar prever todos os possíveis efeitos de uma ação antes de colocá-la em prática, e para cada um deles, planejar quais seriam a atitudes a serem tomadas caso ocorram, sempre objetivando o resultado esperado.

Certamente em algumas situações, as consequências de uma ação poderão nos levar para uma direção pela qual não conseguiremos retornar sem prejuízo.

Este é o ponto de questionar se a empreitada vale a pena ou não, e em caso afirmativo, como lidar com ela.

É preciso também conseguir identificar o “quanto” e “se” somos suficientemente fortes (temos recursos, capital, equipe, tempo, energia, etc.) para suportar os obstáculos pelo trajeto sem comprometer de forma relevante nossa vida pessoal e profissional.

Correr Riscos Calculados é resumidamente possuir um plano A, B, C, D, E, J, G… e quantos forem necessários para um determinado projeto.

Isso diminui a possibilidade de erros e de sermos pegos de surpresa, aumentando assim significativamente as chances de resultados positivos.

Aquele que avalia e calcula riscos assertivamente possui 3 comportamentos comuns:

  • Avalia alternativas e não corre riscos deliberadamente;
  • Age para reduzir os riscos ou controlar os resultados;
  • Coloca-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados.

Fórmula das Melhores e Piores Possibilidades

Uma sugestão para começar a avaliação de um projeto é a “Fórmula das Melhores e Piores Possibilidades”.

Escrita por Ben Carson em seu livro Risco Calculado – Aprendendo a Decidir com Ousadia, ela contém 4 perguntas objetivas cujas respostas são de grande valia nesse estágio.

A “fórmula” serve para triarmos inicialmente quais projetos devemos dedicar tempo para uma análise mais completa e quais devemos descartar imediatamente e evitar desgastes desnecessários.

Um projeto pode ser abandonado por vários motivos, dentre eles comprometer recursos demais ou por não trazer benefícios que justifiquem o seu risco.

Leva-as em consideração antes de refletir sobre outras questões:

  • Qual seria a melhor coisa que poderia acontecer caso realizasse o projeto?
  • Qual seria a pior coisa que poderia acontecer caso realizasse o projeto?
  • Qual seria a melhor coisa que poderia acontecer caso não realizasse o projeto?
  • Qual seria a pior coisa que poderia acontecer caso não realizasse o projeto?

Veja também: Matriz de Decisão: A ferramenta ideal para decisões rápidas.

Riscos aceitáveis e o processo de desenvolvimento

Assim como a maior parte de todo aprendizado passa pelo erro, o desenvolvimento pessoal e profissional inevitavelmente implica em correr riscos, sejam eles riscos calculados ou não.

O segredo do sucesso está em avaliá-los cuidadosamente e assumi-los de forma inteligente, falhando menos do que acertando.

Certamente você já deve ter ouvido o ditado: “Quem não arrisca não petisca”, não é mesmo? Ele se enquadra perfeitamente em nosso contexto.

Pense em quantas coisas boas você deixaria de ter vivido e conquistado caso não corresse riscos.

Um empreendedor deve estar familiarizado a situações que lhe tirem da zona de conforto.

A segurança traz muitas vezes consigo a comodidade e esse estado leva à estagnação do crescimento.

Para finalizar esse artigo, deixo duas frases do palestrante Symon Hill que refletem bem a mensagem que desejo passar a você:

“Correr riscos envolve treinar sua mente para compreender o que precisa ser feito, aprender a enxergar o que está acontecendo e ter a coragem de dar um passo além.”

“Não correr riscos, pode ter o mesmo efeito que arriscar perder aquilo que você mais almeja conseguir.”

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